quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Estrela da Amadora 2 - 4 FC Porto


17-12-2008

Acerto de calendário e nono sucesso consecutivo, num final de ano de aparições constantes e ritmos exigentes. O Dragão desceu à Amadora para vencer um opositor complicado e reforçar a sua autoridade de Tricampeão. O terreno armadilhado e um empate aberrante reformataram a contenda, mas nem assim a tornaram inacessível. Este F.C. Porto avança decidido, misturando classe, magia e crença.
A equipa de Jesualdo Ferreira arrancou a mil, posicionando-se para lá do meio-campo e exibindo intenções logo no primeiro minuto, com Fucile a disparar para defesa apertada de Nélson, guarda-redes que viria a cotar-se como um dos melhores do Estrela. Sem apresentações ou cordialidades, o F.C. Porto empurrava o adversário para as cordas, com Hulk a deixar meio mundo a ler-lhe o nome nas costas, antes de servir Lucho para um desenho que merecia terminar em golaço.
O golo deixaria de ser pressentimento pouco depois, no instante em que Lisandro cabeceou sem mácula uma bola endossada por Fucile. A simplicidade perfeita numa jogada que nem as más condições do relvado podiam estragar. Vantagem cristalina para quem procurara os muitos adeptos (do F.C. Porto) presentes na Reboleira.
Refeito do festejo, o Dragão rearmou a argumentação, deixando Rodríguez na cara do golo. O esquerdino ensaiou o remate, mas foi empurrado por um defesa, o que terá condicionado a finalização e lançado o Estrela para uma arrancada esporádica que terminaria num golo inesperado, num empate aberrante, saído do corpo de Moreno, que apenas tentava evitar o corte de Fucile.
A carambola nem sequer abanou o F.C. Porto. Um livre de Hulk, que ensaiava magia, e um remate desviado de Raul Meireles recuperavam rapidamente as incidências e desenhavam nova vantagem azul e branca, que até poderia ter surgido aos 40 minutos, quando Carreira desviou com a mão uma cabeçada de Lisandro, sem que fosse assinalada grande penalidade. A justiça compareceu à saída para o intervalo, com Raul Meireles a colocar a bola na cabeça de Rodríguez e este a desviar sem hipóteses de defesa.
Na segunda parte, novamente sem justificar, e já depois de Lisandro e Hulk terem concebido dois golos cancelados no limite, o Estrela chegaria a nova igualdade. Desta vez, porém, Hulk esbateu os festejos num ápice. Recebeu, virou-se, apontou e… Pura magia! Também de pé esquerdo, agora com o couro parado e a aguardar coordenadas certas, Rodríguez engordou o marcador, oferecendo-lhe contornos mais justos. Estava fechado um excelente espectáculo e um desempenho sempre virado para o ataque.

(in: fcporto)

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