sexta-feira, 17 de abril de 2009

pro ano há mais

F.C. Porto-Manchester United, 0-1

Não terminou. A aventura para Campeões sofreu apenas uma interrupção. Abrupta, é certo, e especialmente dolorosa, sobretudo em face do que os Dragões produziram em Manchester. Severa, a soma das duas mãos desvia irremediavelmente os Dragões dos caminhos que vão dar a Roma, mas não os afasta da mais dourada rota europeia, a retomar em breve. Porque, para o «ano», haverá certamente mais. E isso não é para todos.
Com os opositores determinados, seguros da exigência e dos requisitos do encontro, o preâmbulo de encaixe, iniciado em Old Trafford, foi liminarmente dispensado no Dragão. Hulk desenhou a primeira ameaça, na transformação de um livre, pouco antes de Cristiano Ronaldo fazer o golo do nada. Aos seis minutos, o jogo estava lançado. No primeiro dos dois remates do Manchester United à baliza ao longo de toda a primeira parte.
Em seis minutos, o FC Porto dava por si em desvantagem na partida e na eliminatória, que já não lhe fizera justiça em Inglaterra. Reagiu. Recompondo-se primeiro e respondendo depois. Pouco depois, com Bruno Alves a errar o alvo por uma nesga, que frustrou os cálculos de intensidade e colocação quando da cobrança de um livre directo.
Novo golpe condicionaria a abordagem inicial dos Dragões na lesão de Lucho, que, antes da substituição forçada e da consequente revisão de planos, assistiu Lisandro para o remate à meia volta, que reaproximou o campeão português do empate, resultado que se fez anunciar até ao último suspiro do encontro, sob as mais variadas formas.
Sapunaru, num remate cruzado, Bruno Alves e Rolando (agarrado por O’Shea, com Van der Sar fora do lance), ambos de cabeça, Raul Meireles, de fora da área, e Lisandro, na emenda que chegara a parecer perfeita a cruzamento de Mariano, mantiveram a defesa do United em sobressalto e resumiram, então, o jogo inglês a um longo exercício de contra-ataque, sem, no entanto, reverterem a eliminatória a favor do F.C. Porto e rectificarem o resultado da primeira mão, lisonjeiro para os de Manchester e curto para a magia azul e branca, que fizera do Teatro dos Sonhos um espaço de pesadelo britânico.

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