quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

ano novo, velhos líderes


O F.C. Porto estreou-se em 2009 a fazer o que mais gosta e melhor conhece. Os Tricampeões Nacionais ganharam ao Nacional por 2-4, no Estádio da Madeira, regressando desta forma aos triunfos e retomando uma série de nove vitórias consecutivas, que apenas se viu interrompida por um empate frente ao Marítimo, no último desafio realizado em 2008. Decidida a não permitir que os desenlaces da época passada contra o Nacional se repetissem, a equipa de Jesualdo Ferreira irrompeu destemida no encontro deste domingo, com Lisandro a enviar uma bola à barra, logo aos três minutos. O avançado recebeu o esférico do compatriota Lucho, dominou de peito, e rematou, convicto, com o pé esquerdo, esbarrando a sua determinação no ferro da baliza contrária. Cientes da importância do desafio para as aspirações do clube no campeonato, os jogadores azuis e brancos continuaram a afirmar-se, mas acabariam por sofrer um golo, perto do quarto de hora da partida, num lance de tremenda infelicidade. O remate de Edson Sitta sofreu um desvio imprevisto, que traiu o guarda-redes Helton e, contra a corrente do jogo, colocou os insulares em vantagem. Resume-se assim, de resto, a história da primeira parte do encontro. Apesar de o F.C. Porto ter construído jogadas atrás de jogadas (destaque para uma arrancada brilhante de Rodríguez pela esquerda, aos 27 minutos, que só não deu golo porque Bracalli travou o esférico pontapeado por Lucho), foi o Nacional que, sem material de qualidade, ergueu o primeiro alicerce da partida. Muito pouco, contudo, para oferecer consistência a um resultado que viria, naturalmente, a alterar-se até ao final.
Os Dragões voltaram do intervalo ainda mais ofensivos e encostaram, ao longo de praticamente toda a etapa complementar, o Nacional à sua área, pressionando de tal forma, que o golo apareceria bem cedo, na sequência de uma excelente iniciativa de Lisandro. O nº 9 procurou a melhor posição, atirou à baliza de Bracalli, o guardião afastou a bola e esta sobrou para Hulk, que não perdoou. Estava restabelecida a igualdade, mas subsistia a falta de justiça no marcador, imposta, aos 72 minutos, por Rodríguez, no seguimento de um dos golos mais bonitos – se não o mais bonito – desta temporada. Após cruzamento do recém-lançado Guarin, o nº 10 desferiu, de costas para a baliza, num gesto semelhante a um pontapé de bicicleta, um remate monumental com o pé esquerdo, que deixou todos boquiabertos no estádio, incluindo os da casa. Não era para menos. E quando parecia que a supremacia do F.C. Porto não mais sofreria contestação, eis que Miguel Fidalgo empatou para o Nacional. O lance surgiu, mais uma vez, fortuitamente e obrigou os visitantes a remarem novamente contra a maré. A tarefa complicou-se, muito por responsabilidade de Bracalli, que pretendeu assumir-se como o homem do jogo, mas esse papel encontrava-se reservado para os senhores que vestiam de azul. Todos foram determinantes para o desfecho do encontro, que conheceu contornos decisivos já em cima dos 90 minutos. O defesa Felipe Lopes interceptou com a mão, dentro da sua grande área, um remate de Guarin e o árbitro assinalou, logicamente, grande penalidade. Lucho converteu, de maneira exímia. Houve tempo ainda para mais um golo dos Tricampeões Nacionais. Hulk, depois de sentar um adversário, bisou e fechou as contas da partida, conferindo expressão a um resultado que, pelo que se viu no interior das quatro linhas, jamais podia ter sido diferente.

(in: fc porto)

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